quinta-feira, 13 de outubro de 2016

Iniciação ao Rugby

História do Rugby

Jogos com bola e contato físico são praticados pelas sociedades humanas há milênios. Os romanos, por exemplo, praticavam o Harpastum, com características semelhantes ao rugby moderno, no qual os atletas jogavam em equipes, e buscavam levar uma bola à outra extremidade da quadra de jogo, empurrando os oponentes. Autores antigos como Ateneu, Galeno, Sidônio Apolinário e Júlio Polux relatam a prática contemporânea.

Na Itália, na região de Florença, floresceu o Calcio, cujas regras foram formalizadas em 1580, segundo as quais 2 equipes com 27 jogadores deveriam conduzir a bola até o outro lado do campo adversário, em dois tempos de 50 minutos, contando ainda com juízes de campo e de linha. Os celtas, por sua vez, praticavam o Caid, ao qual se atribui grande influência sobre o rugby.
Como afirma o historiador Hilário Franco Júnior, os jogos com bola são manifestações antropológicas, comuns a diversas sociedades humanas ao longo dos séculos. A origem específica do rugby está na própria Inglaterra industrial, dos séculos XVIII e XIX.

História do Rugby no Brasil
O rugby começou cedo no Brasil e chegou ao país na mesma época que o futebol. A primeira equipe que se tem registro foi formada em 1891 no Rio de Janeiro: o Clube Brasileiro de Futebol Rugby, que teve vida curta. Em 1895, o rugby foi jogado em São Paulo por iniciativa de Charles Miller, brasileiro, de família, inglesa, que estudou na Inglaterra e, em seu retorno, promoveu em São Paulo esportes britânicos, como o futebol, pelo qual ficou mais conhecido, e o rugby, estando a frente do São Paulo Athletic Club. Porém, o rugby também não teve continuidade, sendo jogado apenas ocasionalmente, sobretudo por britânicos, em várias cidades do país.
Foi apenas nos anos 1920 que o rugby passou a ser jogado com maior regularidade em São Paulo e Rio de Janeiro, com a criação de clubes e a promoção de partidas entre os selecionados dos dois estados. Entre os grandes fomentadores da organização do Rugby brasileiro nesse período estavam o escocês Jimmy Macintyre e o inglês Gordon Fox Rule, que criaram, em 1925, o São Paulo Rugby Football Club, logo associado à Associação Atléticas das Palmeiras. No Rio de Janeiro, o Rugby ganhou espaço no Rio Cricket and Athletic Association, em Niterói, enquanto em Santos o Santos Athletic Club promovia atividades do esporte. Em 1926, o conjunto de São Paulo enfrentou Santos e o Rio de Janeiro, em duas partidas que ajudaram a impulsionar o esporte. A partir de 1927, as seleções de São Paulo e Rio de Janeiro passaram a se enfrentar anualmente valendo a Taça Beilby Alston, em homenagem ao embaixador britânico. Nos anos 30, o Brasil se tornou rota para alguns times internacionais, com uma seleção brasileira sendo formada para partidas contra os Junior Springboks (a segunda seleção da África do Sul), em 1932, a Seleção Britânica (os Lions), em 1936.



Glossário do Rugby

Esta é a seção do site elaborada para sanar as dúvidas que você possa ter sobre o vocabulário usado no rugby

Rugby – termo usuado quase no mundo todo para se referir ao rugby union, contudo pode fazer referência também ao rugby league ou a ambos.

Rúgbi – termo no português do Brasil para o rugby.
Râguebi – termo no português de Portugal para o rugby.
Rugby Football – nome completo do esporte até a cisão entre rugby union e rugby league. Usado até hoje por muitos para se referir ou ao rugby union ou ao rugby league.
Rugby Union – o mais difundido entre os dois esportes chamados de rugby. Possui duas modalidades principais: a tradicional com 15 jogadores de cada lado (15-a-side ou XV) e o seven-a-side, com 7 jogadores por equipe. Por ser o mais praticado e assistido no mundo, é comum o rugby union ser chamado apenas de rugby.
Rugby League – o outro esporte chamado de rugby. Jogado por 13 jogadores de cada lado, o rugby league também é chamado de rugby de XIII. O league tem a mesma origem do rugby union, sendo que ambos eram o mesmo esporte no século XIX. A divisão se deu em 1895, quando os defensores do profissionalismo se retiraram da RFU (Rugby Football Union) e fundaram a NRU (Northern Rugby Union), depois rebatizada de RFL (Rugby Fooball League). A RL modificou muitas das regras do jogo ao longo do tempo, criando um esporte novo. A divisão entre profissionais (league) e amadores (union) durou até 1995, quando o rugby union liberou o profissionalismo. Além da modalidade de 13 jogadores, o rugby league pode ser jogado por 7 jogadores (rugby league sevens) ou por 9 jogadores (rugby league nines).
Sevens (seven-a-side) – modalidade do rugby union jogada por 7 jogadores de cada lado. Possui as mesmas regras do jogo de 15 jogadores, com algumas pequenas alterações: 7 jogadores de cada lado, dois tempos de 7 minutos e scrum com 3 jogadores por equipe.
Tens (ten-a-side) – modalidade pouco difundida do rugby union. Também segue as mesmas regras do jogo de 15 jogadores, com algumas pequenas alterações, a exemplo do sevens.
Beach Rugby – é o rugby de areia, ou rugby de praia. Possui regras diferentes das usadas no rugby union de campo.
Touch Rugby – uma variante muito comum do rugby (tanto do union como do league) sem tackles, isto é, sem a possibilidade de se levar um jogador ao solo. É normalmente utilizado em treinos para evitar contatos mais agudos, mas também existem competições específicas de touch rugby.
Test match – qualquer partida oficial entre seleções, tanto jogos de campeonato como amistosos.
Try (ensaio) – forma de pontuação máxima do rugby. Para anotar um try, um jogador deve alcançar ou ultrapassar a linha de in-goal do adversário (a linha de fundo) e apoiar a bola contra o solo, sendo necessário o contato simultâneo voluntário entre o atleta, a bola e o chão. Um try vale 5 pontos, e dá direito a um chute a gol (a conversão) para o time que pontuar. Em português, a tradução para “try” é “ensaio”.
Conversão – após anotar um try, a equipe tem direito a um chute a gol valendo 2 pontos. O local de onde o chute será dado deverá ser em qualquer local de uma linha imaginária paralela às laterais e perpendicular ao local onde o try foi anotado (isto é, onde a bola foi apoiada no chão).
Try Convertido – se diz que um try foi convertido quando o chutador acertou a conversão, totalizando 7 pontos na jogada (5 do try + 2 da conversão).
Penalty Try (try/ensaio de penalidade) – quando um jogador é impedido de anotar um try certo por meio de um penal, o árbitro pode anotar um pentaly try, isto é, validando um try para a equipe que sofreu o penal. O local do chute de conversão de um penal try é sempre exatamente em uma posição frontal aos postes.
Chute de Penalidade (penal) – após faltas graves, de ação deliberada, o árbitro poderá anotar um penal contra a equipe infratora. A equipe que sofreu o penal poderá optar por um chute a gol do local onde a penalidade foi cometida. Um chute de penalidade certeiro vale 3 pontos. Outras opções que uma equipe que sofreu um penal tem são: escolher chutar a bola (que pode ser chutada para a lateral, com o arremesso lateral sendo cobrado pela equipe que chutou a bola para a lateral) e escolher um scrum a seu favor.
Obs: para um chute a gol ser considerado certeiro e valer pontos, a bola deverá passar entre as traves laterais (verticais) e acima do travessão (horizontal).
Drop goal (pontapé de ressalto) – a qualquer momento da partida, um jogador poderá tentar um drop goal. Para um drop goal ser validado, a bola deverá ter tocado o chão imediatamente antes de ser chutada, em um movimento de “bate pronto”. Um drop goal certeiro vale 3 pontos.
“H” (paus) – termo usado para o gol do rugby, que possui o formato da letra “H”.
Kick-off (pontapé inicial) – chute dado a partir do meio campo para o lado do campo do time adversário, que marca o início ou o reinício de uma partida. Após sofrer pontos, a equipe fará um chute de kick-off para o adversário. No seven-a-side, ocorre o contrário: a equipe que anotou pontos dará o kick-off. Um kick-off é dado com um chute de “bate pronto”. A bola deve no mínimo percorrer 10 metros.

Linha de 22 metros (linha das 22) – última linha que vai de uma lateral à outra antes do in-goal de cada time.
Linha dos 10 metros – as linhas tracejadas que sucedem em cada lado a linha do meio campo. Delimitam a distância mínima que a bola deve percorrer após um kickoff .
Forwards (avançados) – jogadores de frente, que vestem as camisas de números 1 a 8.
Pack – termo frequente para o conjunto dos forwards.
Tight 5 – termo usado para designar o conjunto dos atletas de primeira e de segunda linha no scrum.
Pilar – prop, em inglês, referente aos jogadores com as camisas 1 (pilar aberto, ou loosehead prop) e 3 (pilar fechado, ou tighthead prop). Fazem parte da chamada primeira linha do scrum.
Hooker (talonador) – referente ao jogador que veste a camisas 2. Faz parte da chamada primeira linha do scrum.
Segunda linha – lock, em inglês, referente aos jogadores que vestem as camisas 4 e 5.
Asa – flanker, em inglês, referente aos jogadores que vestem as camisas 6 (asa cego, ou blindside flanker) e 7 (asa aberto, ouopenside flanker). Faz parte da chamada terceira linha do scrum.
Oitavo – referente ao jogador que veste a camisa 8. Faz parte da chamada terceira linha.
Backs (linha) – jogadores que vestem as camisas de 9 a 15.
Scrum-half (médio-scrum, médio-de-formação) – referente ao jogador que veste a camisa 9.
Abertura (médio-de-abertura) – fly-half, outside-half ou first five-eighth em inglês, referente ao jogador que veste a camisa 10.
Halfbacks – referente ao conjunto de scrum-half e abertura.
Pontas – wings, em inglês, referente aos jogadores que vestem as camisas 11 (ponta esquerdo) e 14 (ponta direito).
Centros – centres, em inglês, referente aos jogadores que vestem as camisas 12 (primeiro centro) e 13 (segundo centro). O termosecond five-eight para o primeiro centro e inside centre para o segundo centro são usados.
3/4s – sinônimo para o conjunto de centros e pontos.
Fullback – referente ao jogador que veste a camisa 15.
Nota: os atletas reservas vestem camisas numeradas a partir do 16.
Knock on – infração cometida por um atleta que permite que a bola se projete para frente.
Forward pass (passe para frente) – quando um atleta passa a bola para um atleta que está à sua frente.
Sin Bin (exclusão temporária) – quando um atleta recebe o cartão amarelo ele é excluído da partida por 10 minutos.
Blood bin (substituição por sangramento) – quando um atleta está sangrando, é obrigado a deixar o campo até estancá-lo. Outro atleta entra provisoriamente em seu lugar.
Tackle (placagem) – movimento que um atleta faz para derrubar o oponente que tem a posse da bola.
Scrum (formação ordenada ou fixa) – formação usada pelos forwards para recomeçar o jogo após algumas jogadas irregulares ou penalidades leves.
Ruck (formação espontânea) – formação muito comum que costuma acompanhar um lance de contato. Após receber um tackle e ir ao solo, o atleta é obrigado a soltar a bola, seguindo-se um ruck, no qual os atletas das duas equipes disputam a posse da bola, que está no chão.
Maul (volante/formação móvel) – formação que segue um lance de contato. Um maul é caracterizado quando três ou mais jogadores estão em contato simultâneo e, em pé, disputam a posse da bola, que não está no chão.
Line-out (alinhamento lateral) – quando a bola sai pela linha lateral, a reposição é normalmente feita por meio de um line-out. Jogadores de cada equipes (os forwards) formam duas fileiras perpendiculares à linha lateral e espaçados de 1 metro. A bola deve ser lançada justamente a meia distância entre as duas fileiras, ocorrendo a disputa entre as equipes.
Set pieces – scrums e lineouts.
Mark (marca) – quando a equipe adversária chuta a bola e o jogador da outra equipe a recebe dentro da sua área de 22 metros, sem deixá-la tocar o chão, ele pode pedir mark ou marca. Ao pedir a marca, o atleta deve cobrar um free-kick, e não poderá ser tocado.
Free Kick – após um mark ou uma infração o árbitro pode ordenar um free-kick. As opções de chutes são:
– um punt (um chute longo para o adversário sem deixar a bola tocar antes o solo);
– um drop kick (um chute longo para o adversário deixando antes a bola tocar o solo);
– ou um tap kick (um chute curto para as próprias mãos, possibilitando que a equipe saia jogando com as mãos, e não por meio de um chute ao adversário). Uma equipe pode optar por ter um scrum a favor no lugar de um free-kick.
Up and under – um chute muito alto e para frente, que visa à posse da bola na continuação da jogada. A altura do chute poderá determinar a possibilidade de atleta do time do chutador de alcançar a bola em sua descendente. O atleta que desfere um chute não pode ser obstruído.
Touch-down defensiva – quando um atleta apoia a bola em sua própria área de in-goal defensiva. A jogada não conta pontos para o adversário, que recebe apenas um scrum a seu favor, caso a bola tenha sido introduzida no in-goal pela equipe de defesa. Caso contrário, ocorre uma saída de 22m a favor da equipe defensiva.
Dummy – ato de ludibriar com as mãos um adversário, simulando um falso passe. Trata-se de um drible.
Side step – ato de ludibriar o adversário com os pés, simulando uma falsa mudança de direção. Trata-se de um drible de corpo.
Turnover – quando uma equipe perde a posse da bola após um ruck ou um maul que era a seu favor.
Offside (impedimento) – quando um jogador está em posição de fora de jogo, isto é, quando está à frente da linha da bola (demarcada por meio de uma formação) ou quando está à frente de um atleta que desferiu um chute (no momento do chute).
In-Goal – área do campo onde são anotados os tries.
Touchline – linhas laterais do campo.
In Touch – quando a bola não está em jogo.
TMO – árbitro de vídeo.
Terceiro tempo – momento tradicional do rugby, no qual os atletas das duas equipes confraternizam após uma partida.

Guia para iniciantes
Existem duas modalidades esportivas denominadas “Rugby” no mundo: o Rugby Union e o Rugby League, com regras diferentes, administrados por entidades diferente, mas com origens comuns.
A entidade que governa o Rugby Union no mundo é o World Rugby (www.worldrugby.org), antigamente conhecido como International Rugby Board (IRB), fundado em 1886. No Brasil, o Rugby é governado pela Confederação Brasileira de Rugby, CBRu(www.brasilrugby.com.br), fundada em 2010 em substituição à antiga Associação Brasileira de Rugby (ABR).
A modalidade paralímpica do Rugby, o Rugby de Cadeira de Rodas, ou Quad Rugby, é governado no mundo pela IWRF (www.iwrf.com) e no Brasil pela ABRC (www.rugbiabrc.org.br), sendo formalmente reconhecido pelo World Rugby.
O “Rugby” também pode ser escrito em português do Brasil como Rúgbi, ao passo que a forma Râguebi é usada em Portugal.

O Rugby Union
A forma do Rugby Union é a mais difundida ao redor do mundo, e é praticada no Brasil. Existem duas modalidades principais do Rugby Union: a tradicional com 15 jogadores de cada lado (XV ou 15-a-side) e a modalidade reduzida com 7 jogadores de cada lado, o Seven–a-Side (Seven , Sevens ou 7s), disputada com as mesmas regras, com apenas pequenas variações. Menos difundido, o Ten-a-side (Tens ou 10s) , com 10 jogadores de cada lado, é igualmente regulamentado.
O World Rugby também sanciona modalidades adaptadas de Rugby, como o Beach Rugby Fives (Rugby de Areia, com 5 jogadores de cada lado), o Touch Rugby e o Tag Rugby (formas de Rugby com contato reduzido).

Bola
A bola de rúgbi é de formato oval, varia de 28,0 cm à 30,0 cm, com uma circunferência total de 74,0 cm a 77,0 cm, e de seção transversal de 58,0 cm à 62,0 cm, sua pressão deve estar entre 65,71 e 68,75 kPa, tendo assim, entre 410 à 460 gramas.

Campo
O campo é de formato retangular, tem comprimento máximo de 144 metros e largura máxima de 70 metros, e não há um mínimo determinado. A superfície é preferencialmente de grama, sendo que a grama artificial é permitida caso esteja em acordo com as regulações do World Rugby. O jogo pode ser sobre a neve, desde que a neve e a superfície subjacente sejam seguros para tal. Não é permitido jogar-se em uma superfície dura permanente como concreto ou asfalto.
A linha que marca o início do in-goal, também chamada de linha de meta, é considerada parte dele. As linhas laterais são consideradas fora de campo. Caso um atleta em posse da bola toque na linha lateral é considerado que a bola saiu do campo.

Tempo
Na modalidade de 15 jogadores, uma partida de Rugby é disputada em 2 tempos com 40 minutos cada. Após o fim de 40 minutos, o jogo se encerra quando a bola sair de campo, quando forem anotados pontos ou quando o time em posse da bola cometer uma falta. Partidas juvenis tem tempo reduzido, com 2 tempos de 35 minutos para partida M19.
No Seven-a-side, são 2 tempos de 7 minutos. No Ten-a-side são 2 tempos de 10 minutos.

Oficiais de jogo
Uma partida de rugby conta com um árbitro principal, auxiliado por dois assistentes nas linhas laterais. Pode haver também um quarto árbitro e um juiz de vídeo (chamado de TMO).

Número de jogadores
São 15 jogadores de cada lado, sendo 3 especialistas (pilares e hooker). Uma equipe pode efetuar 7 substituições, sendo 2 reservadas para jogadores especialistas.
Podem ser efetuadas substituições temporárias em caso de sangramento. O jogador que está sangrando sai de campo e tem 15 minutos para estancar o sangramento, enquanto outro atleta joga em seu lugar.

Cartão amarelo: um jogador que comete uma falta grave pode ser punido com um cartão amarelo, que o colocado por 10 minutos de fora da partida.

No Seven-a-side, a suspensão é de 2 minutos.

Cartão vermelho: um segundo cartão amarelo ou uma falta gravíssima são punidos com a expulsão do atleta.

Objetivo e pontuação
Existem quatro formas de se pontuar no Rugby, sendo elas o objetivo do jogo.

Try (ensaio) –para anotar um try, um jogador deve alcançar ou ultrapassar a linha de in-goal do adversário (a linha de fundo) e apoiar a bola contra o solo, sendo necessário o contato simultâneo voluntário entre o atleta, a bola e o chão. Um try vale 5 pontos, e dá direito a um chute a gol (a conversão) para o time que pontuar. Em português, a tradução para “try” é “ensaio”.

Penal try (Penalty try): quando um jogador é impedido de anotar um try certo por meio de um penal, o árbitro pode anotar um pentaly try, isto é, validando um try para a equipe que sofreu o penal. O local do chute de conversão de um penal try é sempre exatamente em uma posição frontal aos postes.
Um jogador pode apoiar a bola em seu próprio in-goal. A jogada resulta NÃO resulta em try. Se o defensor introduziu a bola no in-goal, será anotado um scrum a 5 metros para o adversário. Se o atacante introduziu a bola no in-goal, o time defensor poderá efetuar um chute (para fora ou não) a partir da linha de 22 metros, ou sair jogando (free kick).
Conversão: após anotar um try, a equipe tem direito a um chute a gol valendo 2 pontos. O local de onde o chute será dado deverá ser em qualquer local de uma linha imaginária paralela às laterais e perpendicular ao local onde o try foi anotado (isto é, onde a bola foi apoiada no chão).
“Try Convertido” é o termo usado para quando um try foi convertido quando o chutador acertou a conversão, totalizando 7 pontos na jogada (5 do try + 2 da conversão).
Chute de Penalidade (Penal): após faltas graves, de ação deliberada, o árbitro poderá anotar um penal contra a equipe infratora. A equipe que sofreu o penal poderá optar por um chute a gol do local onde a penalidade foi cometida. Um chute de penalidade certeiro vale 3 pontos.
Drop goal (pontapé de ressalto): a qualquer momento da partida, um jogador poderá tentar um drop goal. Para um drop goal ser validado, a bola deverá ter tocado o chão imediatamente antes de ser chutada, em um movimento de “bate pronto”. Um drop goal certeiro vale 3 pontos.



Formas de pontuação 



Pontos 



Try 






Conversão 









Penal 









Drop goal 









Posições

No Rugby de 15 jogadores, o conjunto de jogadores numerados de 1 a 8 e seus respectivos reservas são chamados de Forwards (Avançados), enquanto os atletas numerados de 9 a 15 e seus respectivos reservas são os Back (Linha).


1 – Pilar fechado




2 – Hooker (Talonador)




3 – Pilar aberto




4 – Segundas linha




5 – Segunda linha




6 – Asa fechado




7 – Asa aberto




8 – Oitavo




9 – Scrum-half (Médio scrum , Meio Scrum ou Médio de formação)




10 – Abertura




11 – Ponta esquerdo




12 – Primeiro Centro




13 – Segundo Centro




14 – Ponta direito




15 – Fullback (Zagueiro ou Defesa)



No Seven-a-side, são utilizados dois pilares, um hooker, um scrum-half, um abertura, um centro e um ponta.



Regras principais

Kick-off e reinício: a partida deve ser iniciada ou reiniciada com um chute efetuado a partir do centro do campo, devendo a bola percorrer pelo menos 10 metros para frente.
Quando pontos são marcados, no Rugby de 15 jogadores, a equipe que sofreu os pontos deve efetuar o chute de reinício.
No Seven-a-sie, quem efetua o reinício é a equipe que marcou os pontos, sendo, portanto, o oposto do Rugby de 15 jogadores.
Tackle (placagem): Somente o jogador que está com a posse da bola pode receber uma placagem, isto é, pode ser derrubado ou agarrado por um adversário. Derrubar ou obstruir um jogador que não esteja de posse da bola resulta em penalidade.
O tackle pode ser feito somente da linha do peito do adversário para baixo. Um tackle acima é punido com uma penalidade. Nenhum movimento de violência contra o adversário pode ser usado na tentativa de contê-lo, e não é possível fazer uso das pernas para se derrubar o adversário. O jogador que efetua o tackle é responsável pela segurança daquele que o sofreu.
Passe com a mãos: a bola pode ser passada com as mãos somente para um jogador atrás ou na mesma linha do jogador com a posse da bola. Uma bola passada para a frente resulta em uma falta, chamada de passe para frente, ou forward pass. A falta resultante é penalizada com um scrum para o adversário.
Knock on (bola para frente): Será anotada uma falta toda vez que um jogador deixar a bola cair para a frente, sendo penalizado com um scrum para o adversário.
Chute: um jogador pode chutar a bola para frente, mas somente o chutador ou um jogador que estivesse atrás ou na mesma linha do chutador no momento do chute podem apanhar a bola. Um jogador que estiver à frente estará em impedimento.
Um chute pode ser efetuado para fora. Se o chute foi dado à frente da linha de 22 metros defensiva, o lateral será cobrado do local paralelo onde a bola tocou o solo pela última vez. Se o chute foi dado atrás da linha de 22 metros defensiva, o lateral será cobrado no local onde a bola saiu.
Em penalidades graves, a equipe que recebeu a falta pode optar por chutar a bola para fora e cobrar o lateral no local onde a bola saiu.
Mark (marca): um jogador defensor que receba um chute do adversário dentro da área de 22 pode pedir a marca no momento que tocar o solo com os pés. Com a marca, ele não poderá ser tocado e deverá chutar a bola para frente ou sair jogando (com um free kick).
Linha de impedimento: em jogadas paradas, a bola ou uma formação fixa marcam a linha de impedimento. Todos os jogadores devem ficar atrás da bola ou da formação. Um jogador que se posicione à frente dela está em posição de impedimento, não podendo participar da jogada. A participação resulta em penalidade. No jogo aberto, não há impedimento dos atletas que iniciaram a jogada em posição legal.
Obstrução: um jogador não pode obstruir a passagem de um jogador adversário, podendo ser punido com uma penalidade.
Jogador ao solo: quando o jogador que tem a posse da bola for ao solo, ele deverá deixar a bola livre. O ato de segurar a bola no solo resulta em penalidade. O jogador tem direito a um movimento com a bola antes de soltá-la.
Vantagem: se a equipe que sofreu uma falta levar vantagem em uma jogada, o árbitro permitirá a sequência da jogada.



Formações:

Scrum (formação ordenada): formação usada pelos forwards para recomeçar o jogo após algumas jogadas irregulares ou penalidades leves.
8 jogadores de cada lado formam uma escaramuça e se empurram. O scrum-half do time que recebeu a penalidade introduz a bola no meio da formação, e os atletas do scrum (exceto os pilares) podem utilizar os pés para puxar a bola. Os 3 jogadores da primeira linha são especialistas, e só pode haver disputa no scrum se os dois times possuem tais jogadores.
No Seven-a-side, apenas 3 jogadores de cada equipe (dois pilares e um hooker) participam do scrum.
Ruck (formação espontânea) – formação muito comum que costuma acompanhar um lance de contato. Após receber um tackle e ir ao solo, o atleta é obrigado a soltar a bola, seguindo-se um ruck, no qual os atletas das duas equipes disputam a posse da bola, que está no chão.Todos os demais jogadores devem ficar atrás do último homem que está na formação, não podendo entrar noruck pela sua lateral ou pelo lado do adversário. A bola não pode ser manuseada pelos atletas que estão no chão.
Maul (volante/formação móvel) – formação que segue um lance de contato. Um maul é caracterizado quando três ou mais jogadores estão em contato simultâneo e, em pé, disputam a posse da bola, que não está no chão. Assim, pode ser formado ummaul, no qual os jogadores empurram os atletas que se chocaram a fim de levar a bola adiante. Derrubar um maul propositalmente resulta em penalidade. Nenhum atleta pode entrar no maul pelo lado da formação o pelo lado do adversário.
Lateral (lineout): quando a bola sai pela linha lateral, a reposição é normalmente feita por meio de um line-out. Jogadores de cada equipes formam duas fileiras perpendiculares à linha lateral e espaçadas por 1 metro. A bola deve ser lançada justamente a meia distância entre as duas fileiras, ocorrendo a disputa entre as equipes. As fileiras de atletas podem erguer jogadores para disputarem a bola no ar, mas nenhum jogador no ar pode ser tocado pelo adversário.
Um atleta pode cobrar rapidamente o lateral antes que o alinhamento seja formado.
Fonte: http://www.portaldorugby.com.br/

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